A mais difundida e abundante das ocorrências artesanais da Bahia, a arte de modelar o barro, é também um dos ofícios mais antigos exercidos pelo homem. As principais olarias foram construídas pelos padres jesuítas, há cerca de trezentos anos; eram feitos tijolos e telhas de barro para as construções, utilizando-se a mão-de-obra indígena e escrava. Vasilhames destinados ao cozimento ou guarda de alimentos, objetos lúdicos e de rituais foram produzidos por nossos antepassados para suprir necessidades básicas e sociais.
Modelada à mão ou com ajuda do torno, o artesanato da cerâmica existe em quase todos os municípios baianos. Mais produzida na zona rural, a cerâmica abrange uma variedade de peças utilitárias, decorativas e figurativas, como potes, talhas, tachos, porrões, alguidares, panelas, fogareiros, imagens sacras e esculturas de cenas cotidianas.
A “louça de barro” da Bahia, na sua quase totalidade, é de origem indígena, tendo como características o uso de pigmentos naturais para pintura, a modelagem à mão, a utilização da cabaça e coité para acabamento das peças e a queima em fogueiras a céu aberto.